quinta-feira, 29 de abril de 2010

BB-Bradesco: aliança pontual ou prenúncio de fusão?

A união de forças entre o gigante estatal e o ex-primeiro colocado entre as instituições privadas nacionais é uma resposta à fusão do Itaú com o Unibanco, que deu origem ao novo líder do setor.

Por Alexandre Teixeira

Há tempos ouviam-se rumores sobre uma fusão entre Banco do Brasil e Bradesco. Com a notícia de terça-feira sobre a parceria entre os bancos para lançar uma alternativa brasileira a Visa e Mastercard, há duas interpretações possíveis. A união do Bradesco com o BB nos cartões é o prenúncio da fusão que o “mercado” vinha profetizando. Ou as próprias reuniões entre executivos das duas instituições para costurar a criação da bandeira Elo é que levaram observadores apressados a concluir que uma fusão estava sendo gestada.

Nada no discurso dos dois bancos autoriza a primeira conclusão. É evidente, porém, que a união de forças entre o gigante estatal e o ex-primeiro colocado entre as instituições privadas nacionais é uma resposta à fusão do Itaú com o Unibanco, que deu origem ao novo líder do setor. E, do mesmo modo, à incorporação do Real pelo Santander, que criou um concorrente multinacional poderoso.

Não por acaso, a aliança entre BB e Bradesco começa com o lançamento de um cartão voltado para o consumidor de baixa renda. Mais populares entre os bancões de varejo do país, com as redes de agências mais capilarizadas pelo território nacional, as duas instituições apostam justamente nos milhões de brasileiros emergentes, que entram agora no mercado de consumo, para reforçar suas posições e brigar pela liderança setorial.

Mas e as culturas dos dois bancos? São compatíveis? Sim e não, pelo menos à primeira vista. Ambas as instituições valorizam carreiras fechadas. Para começar, recrutam seus funcionários ainda muito jovens. No BB, por meio de um dos concursos públicos mais cobiçados do país. No Bradesco, dando aos estudantes carentes da fundação mantida pelo banco e a outros de origem igualmente humilde a chance de entrar no banco nas posições menos graduadas. Nas duas casas, oportunidades vão sendo oferecidas a funcionários que se destacam: gerente de posto bancário, de agências no interior, nas capitais, regionais, diretores e, sim, presidentes. Tanto Aldemir Bendini, CEO do BB, como Luiz Carlos Trabuco, seu par no Bradesco, são “prata da casa”, com décadas de experiência nos respectivos bancos.

As culturas são semelhantes, também, no que diz respeito ao culto à simplicidade, que se manifesta nas instalações espartanas dos dois bancos e na ausência de pretensões intelectuais declaradas entre seus principais executivos. Nesse sentido, Bradesco e BB são a antítese mais que perfeita dos agora unidos Itaú e Unibanco.

Mas há um senão relevante na questão cultural. O Banco do Brasil é um banco público. Ou, mais precisamente, uma entidade de capital misto, controlada pelo Estado, mas com ações negociadas na bolsa. A estabilidade no emprego lá é garantida por lei. O futuro depois da aposentadoria, pela poderosa Previ, maior das fundações previdenciárias fechadas do país. A ligação com o Sindicato dos Bancários, praticamente umbilical.

Em oposição a isso, o Bradesco é um banco de dono. Ou, mais precisamente, um grupo com controle acionário privado, mas não propriamente familiar, com ações negociadas na Bovespa e status de blue chips brasileiras. Os valores cultivados na Cidade de Deus – o enclave corporativo com os vários edifícios-sede do banco dentro do município de Osasco, na Grande São Paulo – são basicamente os legados pelo fundador, Amador Aguiar. Seu guardião é Lázaro Brandão, um presidente de conselho sui generis, que ocupa uma mesa ao lado da do CEO, dá (longo) expediente todo dia, puxa a fila do almoço pontualmente ao meio-dia – e, não por acaso, estava presente na coletiva de apresentação da bandeira Elo, como, de resto, em todos os momentos marcantes da trajetória do banco em décadas.

Lázaro, Trabuco e os demais altos executivos do banco são ciosos da tradição que representam. A ética protestante de Aguiar – o nome Cidade de Deus não foi escolhido por acaso e os conhecidos cultos de Ação de Graças na sede são só a parte mais visível dessa mística – é a do “no pain, no gain”, isto é, sem sacrifício não há recompensa. Eles se orgulham de começar o dia de trabalho enquanto a concorrência ainda está saindo da cama. Reuniões às 7 horas da manhã são rotineiras. O ambiente é formal, os móveis são de madeira escura e pesada. Terno e gravata são indispensáveis.

Como tudo isso sobreviveria a uma fusão com um banco estatal com sede em Brasília? Difícil dizer, mas, se a parceria para operar cartões de crédito for apenas o noivado, vai ser interessante descobrir na prática.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Inovação eleva produtividade e reduz diferenças

Diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, que participou da X Conferência da Anpei, destaca que a economia se fortalece quando todas as empresas são competitivas.

ASN/PR

O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, defendeu na segunda-feira (26), em Curitiba, a inovação como fundamental para o aumento da produtividade nas micro e pequenas empresas brasileiras. Carlos Alberto dos Santos falou sobre o tema para mais de 300 pessoas durante a abertura oficial da X Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) de Inovação Tecnológica, que segue até esta quarta-feira (28), na capital paranaense.

Segundo o diretor do Sebrae, as micro e pequenas empresas ainda apresentam baixa produtividade. Prova disso é que o segmento responde por 98% dos estabelecimentos formais do país, 60% da mão-de-obra e por apenas 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Já as médias e grandes equivalem a 2% dos estabelecimentos e são responsáveis por 80% do PIB. “O nível de produtividade é de quatro para um”, calculou Carlos Alberto.

A baixa produtividade das micro e pequenas empresas tem impacto negativo na economia brasileira em geral, observa Carlos Alberto dos Santos. Por isso, a inovação precisa ser discutida como item numa “agenda de futuro”. “A produtividade média é que vai decidir a competitividade da economia frente à globalização. Todas as empresas, independentemente de seu porte, fazem parte da economia e precisam ser competitivas, produtivas”, disse.

Para haver um crescimento econômico em bases sustentáveis, o diretor do Sebrae afirma que não pode mais existir a dicotomia entre micro e pequenas de um lado e médias e grandes empresas de outro. “Uma pequena empresa pode ser altamente rentável se investir em inovação e em gestão. Equilibrar a produtividade das micro e pequenas com as médias e grandes empresas não é um desafio apenas do Sistema Sebrae, mas da economia brasileira”, assinalou.

Carlos Alberto defendeu na X Conferência da Anpei popularizar a inovação e desmistificar o tema. “Inovar é fazer diferente para fazer melhor, é mudar de status quo e promover mudanças para a obtenção de vantagens. Entretanto, os empreendedores e os empresários de micro e pequenas empresas precisam ter postura diante desse processo; precisam entender que a inovação é estratégica, que faz a diferença”, exemplificou.

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Rio Grande do Norte premia prefeitos empreendedores

A prefeita de Messias Targino, Francisca Shirley Ferreira, conquistou o prêmio principal e um destaque temático pela formalização de empreendimentos; os prefeitos de Janduís, Vera Cruz e Mossoró também foram premiados como destaques.

Cleonildo Mello

Natal - Messias Targino, município no oeste do Rio Grande do Norte, com 135 quilômetros quadrados e uma população de apenas 3,9 mil habitantes, dá exemplo a muitas cidades de maior porte de como é possível promover o desenvolvimento através de práticas empreendedoras.

A prefeita da cidade, Francisca Shirley Ferreira, é a vencedora da etapa estadual do VI Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. Ela recebeu o troféu de campeã e ainda levou o prêmio Destaque Temático – Formalização de Empreendimentos.

A entrega da premiação ocorreu nesta segunda-feira (26), quando a diretoria executiva e o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RN revelaram a lista dos gestores vencedores da etapa estadual do prêmio. A solenidade foi realizada no salão de eventos da Churrascaria Sal e Brasa e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Robinson Farias, a deputada federal Sandra Rosado, a ex-governadora Wilma de Faria e os senadores Garibaldi Alves Filho, José Agripino Maia e Rosalba Ciarline.

Os 25 candidatos finalistas receberam o selo do prêmio, mas apenas quatro sagraram-se vencedores, já que o município de Messias Targino conquistou dois dos cinco prêmios. O título de projeto vencedor foi anunciado pelo governador do estado, Iberê Ferreira de Souza. O prefeito de Janduís, Salomão Gurgel Pinheiro, ganhou o de Destaque Temático – Compras Governamentais, enquanto o prefeito de Vera Cruz, Marcos Antônio Cabral, levou o de Destaque Temático – Educação Empreendedora e Inovação. O outro prêmio foi para a prefeita de Mossoró, Maria de Fátima Rosado Nogueira, sendo Destaque Temático – Médios e Grandes Municípios.

Os quatro premiados vão representar o Rio Grande do Norte na etapa nacional, prevista para ser realizada no dia 18 de maio, em Brasília, no Distrito Federal. Ao todo serão 11 premiados nacionais: cinco regionais, sendo um por cada região do País, e seis destaques temáticos: compras governamentais, desburocratização, educação empreendedora e inovação, formalização de empreendimentos, implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06) e médios e grandes municípios.

O diretor superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto, destacou o crescimento do número de inscritos no concurso e a importância do prêmio. “Essa foi a forma encontrada pelo Sebrae para reconhecer as iniciativas de empreendedorismo nos municípios do Rio Grande do Norte que contribuem para o fortalecimento das micro e pequenas empresas”, afirma Melo.

Serviço:

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Última semana para entregar a declaração

O prazo para a entrega do Imposto de Renda 2010 termina na próxima sexta-feira (30/4). No Ceará, mais de 200 mil contribuintes devem prestar contas com o fisco esta semana. A multa mínima para quem perder o prazo é de R$ 165,74

Quem não aproveitou o fim de semana tem apenas os próximos dias para para prestar contas à Receita Federal. O prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2010, iniciado em 1º de março, termina nesta sexta-feira, dia 30. A Receita alerta para o risco das pessoas deixarem para enviar a declaração nos últimos dias pois, muitos contribuintes podem encontrar dificuldades devido ao acumulo de acessos ao endereço da Receita. A multa mínima para quem perder o prazo é de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido.

A expectativa é que cerca de 24 milhões de pessoas entreguem a declaração neste ano. Até a última sexta-feira, ainda não haviam declarado cerca de 10 de milhões de pessoas, sendo em torno de 225 mil no Ceará. De acordo com a Receita Federal, é comum receber 40% das declarações na última semana. Está tudo dentro da normalidade brasileira, conforme o assessor da superintendência da Receita Federal no Ceará, Osvaldo Carvalho Filho.

A estimativa do supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, é que 10 milhões de contribuintes deixarão para entregar entre domingo e a próxima sexta-feira. Isso significa que, por dia, a média de entregas será de quase 1,7 milhão de declarações.

Adir ressalta que, embora os computadores da Receita tenham capacidade para receber mais de três milhões de declarações por dia, não está descartado um possível congestionamento na Internet - especialmente no final da tarde e no início da noite de sexta-feira, se for muito grande o número de contribuintes que deixar para declarar no último dia. Alerta os contribuintes para que evitem enviar suas declarações na última hora. ``O sistema de recepção da Receita é eficiente, mas, se muitas pessoas acessarem o site ao mesmo tempo, pode haver congestionamento``. Segundo ele, há mais entregas entre 10 e 12 horas e entre 14 e 18 horas. Na sexta-feira à tarde estavam sendo entregues 71 mil declarações por hora.

Diariamente, entre 1 e 5 horas, o sistema de transmissão da declaração fica fora do ar para manutenção. Mas os programas de preenchimento e de envio da declaração podem ser baixados a qualquer hora.

A tarefa de prestar contas ao fisco não é complicada se o contribuinte já tiver toda a papelada em ordem. Fazer a declaração pela Internet é um processo fácil, rápido e seguro -neste ano, é provável que 99,8% dos contribuintes usem a Internet.

Para quem ainda usa formulário, um lembrete: este será o último ano em que a Receita vai aceitá-lo. Adir prevê que apenas cerca de 40 mil a 50 mil formulários sejam entregues. (das agências)

PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE A DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

1. Após o prazo final de entrega da declaração do imposto de renda, é permitida ao contribuinte sua apresentação através de formulário?
Não. Após 30 de abril de 2010, a Declaração de Ajuste Anual deverá ser apresentada: a) pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet; ou em disquete, nas unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

2. O contribuinte que optar pela entrega da declaração em formulário poderá utilizar o modelo adotado na apresentação da declaração em 2009?
Não. O contribuinte deverá utilizar para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual relativa ao exercício de 2010, ano-calendário de 2009, o formulário aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 993/2010.

3. Quais são os meios disponíveis para apresentação da Declaração de Ajuste Anual Pessoa Física?
A declaração poderá ser entregue pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da Receita Federal na Internet (www.receita.fazenda.gov.br) até as 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 30 de abril de 2010; em disquete, nas agências do Banco do Brasil S.A. ou da Caixa Econômica Federal localizadas no País, durante o seu horário de expediente; ou em formulário, nas agências e nas lojas franqueadas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), durante o seu horário de expediente, ao custo de R$ 5, a ser pago pelo contribuinte.

4. É possível deduzir dependentes quando se opta pelo desconto simplificado?
Não, a opção pelo desconto simplificado implica desistência de qualquer outra dedução prevista na legislação tributária.

5. Há alguma vantagem em optar pelo desconto simplificado?
Sim, a opção pelo desconto simplificado de 20%, cujo limite é R$ 12.743,63, dispensa a comprovação documental desta dedução.

6. O contribuinte, mesmo dispensado, pode apresentar a Declaração Anual de Ajuste, para restituir imposto de renda retido na fonte?
Sim, mesmo dispensado da apresentação o contribuinte pode apresentar a declaração para restituir imposto de renda retido na fonte.

7. Quem está obrigado a entregar a declaração do imposto renda do exercício de 2010, ano-calendário de 2009?
Está obrigado a entregar a Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda do exercício de 2010, o contribuinte que: a) recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 17.215,08; b) recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil; c) obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; d) relativamente à atividade rural, quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 86.075,40 e pretende compensar, no ano-calendário de 2009 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2009; e) teve a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300mil; f) passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro; g) ou optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda.

Fonte: Caderno Negócios Jornal OPovo

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Programa de rádio mostra benefícios do Empreendedor Individual

Na próxima segunda-feira (26), Sebrae lança campanha para divulgar a nova produção radiofônica, que irá ao ar para mais de 600 emissoras a partir de 3 de maio.

Regina Mamede

Brasília - Mais de 600 emissoras de rádio de todo o país vão transmitir, a partir do dia 3 de maio, a nova série do Sebrae, que em 2010 traz como tema o Empreendedor Individual. Para divulgar os programas, na próxima segunda-feira (26), a instituição lança uma campanha informativa.

O jingle "Chegou a vez de ficar legal com a lei do Empreendedor Individual" dá o tom da série de 20 episódios, que vai mostrar as vantagens da legalização e os benefícios dessa figura jurídica. Uma das condições para que as categorias enquadradas na lei possam aderir é que seu faturamento anual não ultrapasse R$ 36 mil.

Os spots da campanha, com duração de 30 segundos, terão três versões, que dão uma prévia do conteúdo do programa, como benefícios, impostos e o registro.

Na nova série do Sebrae, personagens como um motoboy, um jardineiro e um vendedor de cachorro-quente vão levantar as dúvidas mais frequentes, como o valor do imposto e os benefícios a que terão direito. As questões serão esclarecidas pelo gerente-adjunto da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, André Spínola.

Linguagem acessível

Nos 20 programas, de 3 minutos cada, todos os temas do Empreendedor Individual serão aprofundados. O conteúdo foi produzido pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). A série foi concebida em formato de novela, com uma linguagem acessível.

“O programa terá um conteúdo educativo e foi desenhado para possibilitar o aprendizado do ouvinte”, explica a coordenadora nacional dos Programas de Rádio do Sebrae, Carolina Moraes.

Para estimular ainda mais o interesse do público, o Sebrae já começou a distribuir mais de 2,5 mil pochetes, que serão sorteadas entre os ouvintes.

Com o objetivo de multiplicar o acesso à informação, os empreendedores também serão orientados a ligar para a Central de Relacionamento Sebrae pelo número 0800 570 0800; na Previdência Social, pelo 135. Também serão aconselhados a buscar o Portal do Empreendedor, no endereço www.portaldoempreendedor.gov.br

Serviço:

Agência Sebrae de Notícias: (61) 2107-9110. www.agenciasebrae.com.br

domingo, 25 de abril de 2010

Pesquisa mostra que brasileiros não sabem quanto pagam de imposto

A maioria dos entrevistados admitiu que não tinha conhecimento da porcentagem de tributos incluídos no valor final de suas compras

Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que os brasileiros não sabem quanto pagam de impostos quando compram um produto. A maioria dos entrevistados admitiu que não tinha conhecimento da porcentagem de tributos incluídos no valor final de suas compras.

O produto que as pessoas mais disseram saber o valor do imposto incidente foi o açúcar. Mesmo assim, a taxa de entrevistados que se disse ciente do valor foi de apenas 30%. Sobre o arroz, 26% afirmaram conhecer o valor do tributo; carne bovina, 25% dos entrevistados; leite longa vida, 27%; e conta de luz, 28%. A pesquisa foi realizada com mil pessoas no final do mês de março e divulgada em abril.

Para tentar aumentar a transparência na cobrança dos impostos, alguns estados do país estão buscando criar leis que obriguem as empresas a divulgar o percentual de impostos incluído no preço dos produtos.

O estado do Paraná poderá ser um dos primeiros a aprovar uma lei que assegure ao consumidor o direito de saber a carga tributária existente sobre as mercadorias e os serviços utilizados. Na última terça-feira (20), o Projeto de Lei nº 055/09 foi aprovado em primeira votação.

De acordo com a proposta, apresentada pelo deputado Osmar Bertoldi (DEM), as empresas terão de divulgar o valor dos tributos de forma destacada e acessível, permitindo que o consumidor possa diferenciar os valores do produto e dos impostos embutidos no preço final.

Para entrar em vigor, o projeto de lei depende ainda da aprovação dos deputados em pelo menos mais uma votação, e da sanção do governador Orlando Pessuti (PMDB). O projeto de lei já obteve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça, e da Comissão de Defesa do Consumidor.

No estado de Goiás, um projeto similar também tramita na assembleia do estado. Proposto pelo deputado Iso Moreira (PSDB), o projeto está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça.

Fonte: Caderno Negócios Jornal O Povo

sábado, 24 de abril de 2010

Mossoró é pioneira na certificação em produção orgânica potiguar

Feira Agroecológica de Mossoró conquista certificação de Produção Orgânica, como Organismo de Controle Social – Venda Direta, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Rio Grande do Norte.

Sandra Monteiro


Às vésperas de completar três anos, a Feira Agroecológica de Mossoró comemorou neste fim de semana o pioneirismo da certificação de Produção Orgânica como Organismo de Controle Social – Venda Direta, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Rio Grande do Norte. Os nove produtores da feira receberam na manhã de sábado (17) os certificados em evento realizado na própria feira, que funciona todos os sábados da 6h às 10h.

Em todo o Brasil existem apenas outras três feiras similares com esta certificação. A Feira Agroecológica de Mossoró é uma das quatro que integram atualmente o Projeto de Feiras Agroecológicas do Sebrae do Rio Grande do Norte.

Durante a cerimônia de entrega dos certificados, a emoção deu a tônica dos discursos e contagiou os produtores. A feirante Sebastiana Rodrigues, que comercializa hortaliças, mel, frutas e doces, não escondeu a empolgação ao receber o documento que comprova a qualidade e procedência dos produtos comercializados. “Hoje é um dia muito especial pra mim. Vou fazer uma cópia do meu certificado para deixar exposta aqui na barraca. Tenho medo que alguém pegue minha jóia, que é esse certificado”.

O diretor técnico do Sebrae/RN, João Hélio Cavalcanti Júnior, ressaltou a importância da certificação dos produtores mossoroenses para a busca de certificações pelas demais feiras agroecológicas existentes no Estado. “O pioneirismo da Feira Agroecológica de Mossoró deverá servir como exemplo para que outros produtores também busquem a certificação, que certamente vai agregar mais valor aos produtos e garantir mais saúde aos consumidores”.

O presidente da Associação dos Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró (Aprofam), Francisco da Luz França, destacou a certificação como uma grande conquista dos produtores. Segundo ele, a falta do certificado ainda impedia um maior crescimento na venda dos produtos. “Agora que temos o selo de garantia, podemos até pensar em aumentar a produção, pois mais gente vai querer comprar nossos produtos. Quem compra sabe que o produto é garantido”.

A gestora do Projeto de Feiras Agroecológicas do Sebrae/RN, Honorina Medeiros, explicou que um fator foi determinante para a certificação dos produtores de Mossoró. Segundo ela, os feirantes mostraram, desde o início, a união e o interesse em receber o apoio e as capacitações. “O fato de eles estarem unidos e receptivos ao apoio do Sebrae/RN fez uma grande diferença. Para nós, do Sebrae, é muito gratificante participar de projetos como este”.

De posse da certificação, os feirantes devem agora dar seguimento às atividades desenvolvidas e aprimorar novas técnicas. Para garantir a manutenção do certificado da Feira Agroecológica de Mossoró, especialmente no que diz respeito à produção orgânica, sem o uso de agrotóxicos, os próprios produtores serão fiscais um dos outros.

Segundo o coordenador da Comissão da Produção de Orgânicos do MAPA, Jonas Francisco de Sena: “O trabalho do Ministério não se encerra com a certificação. Temos que verificar se os produtores continuarão oferecendo os produtos com as características necessárias à produção orgânica. Para isso, vamos fazer fiscalização junto à feira”.

Além de representantes da classe política, também estiveram compareceram ao evento de entrega dos certificados o deputado estadual, Leonardo Nogueira, o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RN, Vilmar Pereira, o gerente do escritório do Sebrae/RN Mossoró, João Vidal Fernandes, o gerente da Unidade de Agronegócios e Desenvolvimento Territorial, José Ronil, o gerente da agricultura de Mossoró, Edson Lima de Oliveira e convidados do Sebrae/RN e da prefeitura de Mossoró.

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pequenos negócios continuam liderando geração de empregos

A maioria dos postos de trabalho gerados em março devem-se principalmente às microempresas com até quatro empregados.

Dilma Tavares


Dos 266,4 mil novos empregos com carteira assinada criados em março deste ano, 59% foram gerados pelas micro e pequenas empresas. Destes, 44,3% devem-se às microempresas com até quatro empregados e 17% às pequenas que possuem de 20 a 99 trabalhadores.

As microempresas com quatro empregados criaram postos formais de trabalho principalmente nos setores de serviços, comércio e indústria de transformação. A maior participação das pequenas que possuem entre 20 e 99 trabalhadores foi nos setores de serviços e na indústria de transformação.

As microempresas que têm entre cinco e 19 empregados geraram empregos na indústria de transformação, construção civil, serviços e administração pública, porém tiveram perdas principalmente no comércio e foram responsáveis pelo saldo líquido negativo total de 2,3% no período.

Os números são da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae com base em análise da dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

“É possível que essas perdas no comércio sejam uma ressaca represada das contratações feitas no Natal passado. Mas assim mesmo os micro e pequenos negócios continuam liderando a geração de empregos no País, principalmente as menores”, avalia o analista da UGE, Leonardo Mattar.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Já escolheu seu sucessor?

Investir em um plano de sucessão está entre as cinco principais prioridades das empresas para os próximos três anos.

Por Jairo Okret e Rodrigo Araújo


Chega um momento na carreira de um executivo em que o seu horizonte desejado de atuação pode não ser mais o mesmo da empresa em que ele atua. Se a companhia ainda não possui um plano sucessório que irá suportar a compatibilização destas duas ambições, está na hora de iniciar a preparação. Tão importante é este tema para executivos e companhias que investir em um plano de sucessão está entre as cinco principais prioridades das empresas para os próximos três anos, segundo constatou estudo recente conduzido pela Korn Ferry, o CEO Vision Revisited.

Neste cenário algumas das habilidades mais desejadas nos executivos que irão reger este processo – criatividade e inovação – refletem também a preocupação com a complexidade dos desafios dos negócios tanto atualmente como para um futuro próximo. Os profissionais e as empresas precisam se preocupar com seu desenvolvimento, pois, segundo o mesmo estudo, de cada cinco líderes ouvidos, um considera que há carência de maturidade/experiência em suas equipes. Prepará-los é, portanto, fundamental.

Mas antes de preparar um executivo, é preciso encontrá-lo. E onde estão os talentos/sucessores? Os líderes precisam ter um envolvimento pessoal no planejamento da sucessão para que ela ocorra apropriadamente. Isto significa abrir espaço para preparar profissionais que estejam na mesma organização ou para investigar no mercado. Este movimento que, em geral, acontece de cima pra baixo – liderado por executivos decisores – precisa acontecer também de baixo para cima - envolvendo também os talentos mais novos, que acabam de chegar à companhia.

Se todos os líderes tiverem a preocupação de olhar, entender, identificar onde estão os bons profissionais, como melhor prepará-los, e investir num trabalho consistente e regular, as opções irão “borbulhar”. E a escolha poderá ser muito mais rica. Abarcando inclusive novas opções para compor o comitê executivo.

O planejamento no treinamento e preparo do profissional deve acontecer com todo o cuidado, pois dificilmente um talento está totalmente pronto, perfeito em todas as dimensões. O executivo, em geral, precisa ganhar novos ingredientes, desenvolver habilidades e novas competências. Seja atuando em uma nova área, seja proporcionando uma vivência internacional. Esta fase é imprescindível para o momento de assumir novas responsabilidade e posições.

A condução de um plano sucessório também não pode ser vista como um risco para a própria posição. Quando o executivo toma conta do seu próprio plano de sucessão ele estará ao mesmo tempo garantindo a mudança que muitas vezes já se faz necessária. Afinal, ele mesmo normalmente já possui uma idéia (ou planos e desejos) do que irá fazer quando for sucedido. A sucessão deve ser parte natural da ordem das empresas. Isso acontece porque todo profissional tem um ciclo, que pode variar em duração dependendo do executivo, cargo, indústria, cultura da empresa e conjuntura. E chega um momento em que é preciso se preparar para o próximo.

O mesmo estudo da Korn Ferry comprova esta visão, pois os executivos parecem sempre vislumbrar o passo seguinte da sua carreira ou da sua vida. Enquanto 27% querem migrar sua atuação para um Conselho Administrativo, outros 26% possuem expectativa de continuar em posições executivas e mudar de setor – Educação e ONGs, principalmente. Os elementos motivadores nestes casos foram, nesta ordem, a busca de novos desafios e a possibilidade de devolverem à sociedade um pouco do que receberam e conquistaram. A evolução nestes números é representativa, no mesmo estudo realizado em 2003 apenas 10% manifestaram a vontade de fazer algo diferente de suas atribuições do momento.

Podemos assim perceber que sucessores e sucedidos se tornam faces da mesma moeda que gira e move as corporações e as vidas dos executivos. O preparo antecipado, imprescindível para encarar uma nova realidade com mais segurança, reflete apenas um anseio que atinge qualquer executivo. E todas as corporações.

Por: Época Negócios

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Curso a distância sobre Empreendedor Individual tem mais de 31 mil inscritos

A programação, oferecida pela Internet, leva conhecimentos sobre formalização e das vantagens de se aderir à nova categoria jurídica

Regina Mamede


Cerca de 31,5 mil pessoas se inscreveram no curso pela internet voltado para o Empreendedor Individual, categoria na qual se enquadra quem trabalha por conta própria e ganha até R$ 3 mil por mês, como encanadores e alfaiates. O conteúdo, formatado pela Unidade Nacional do Sebrae, ensina o passo a passo para a legalização e dá dicas práticas sobre emissão de notas fiscais, os impostos previstos e os benefícios, que incluem aposentadoria e auxílio-doença. No dia 7 de fevereiro começa a próxima turma.

As inscrições para o curso podem ser feitas pelo endereço www.ead.sebrae.com.br. A previsão é de que até o final de janeiro outras 10 mil pessoas se inscrevam. O registro é gratuito. Os participantes devem cumprir uma carga total de 3 horas. Por meio de um computador, o aluno pode estudar no horário e local de sua conveniência. O curso acontece totalmente pela internet.

Ao iniciar a programação, o aluno se depara com dois personagens, um contador e um trabalhador informal. Eles começam conversando sobre os problemas da ilegalidade. O Zé, que faz o papel do informal, questiona a eficiência da nova legislação. O amigo, então, vai dando as informações de forma direta, que abrangem as dúvidas mais freqüentes. A animação reforça o caráter lúdico do aprendizado.

"O curso foi pensado para responder às questões de maneira simples e acelera o contato da pessoa com o tema. O aluno também pode contar com a ajuda de um tutor, encarregado de responder a qualquer pergunta”, explica a coordenadora de Educação a Distância da Unidade Nacional do Sebrae, Márcia Matos.

A proposta, segundo a coordenadora, é atrair cada vez mais interessados e, para isso, ao longo do ano, o conteúdo será permanentemente atualizado, refletindo o interesse dos empreendedores. “O curso pela internet atinge um número muito maior que os cursos presenciais e mantém o mesmo padrão de qualidade da informação”, reforça a gestora Márcia Matos.

Os empreendedores individuais têm até o dia 29 de janeiro para entregar a declaração de rendimentos referente ao ano de 2009. A Declaração Anual do Simples Nacional para o Empreendedor Individual (DASN-MEI) é feita por meio da internet, no portal da Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br), onde se acessa o link para o Simples Nacional.

O dia 29 de janeiro também é a data de limite para que empresários individuais que estão no Simples Nacional possam migrar para o Empreendedor Individual.

A partir do dia 8 de fevereiro, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), haverá a entrada de todos os estados no processo de inscrição do Empreendedor Individual, que pode ser feito pelo Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Empreendedor Individual tem mais tempo para entregar declaração de rendimento

Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional com a decisão deverá ser publicada nesta quinta-feira (27) no diário Oficial da União

Dilma Tavares


Foi prorrogado do dia 29 de janeiro para o dia 31 de março o prazo para que os empreendedores individuais formalizados em 2009 entreguem a declaração de rendimentos - a Declaração Anual do Simples Nacional para o Microempreendedor Individual (DASN-MEI).

A mudança está na Resolução nº 70, do Comitê Gestor do Simples Nacional que deverá ser publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial da União.

Conforme o secretário-executivo do Comitê, Silas Santiago, a decisão leva em conta principalmente o fato de que há empreendedores que “estão numa situação intermediária: não concluíram totalmente o processo de formalização com a entrega de documentos à Junta Comercial”.

Empreendedor Individual é a figura jurídica criada pela Lei Complementar 128/08, que possibilita a formalização de quem exerce atividades econômicas por conta própria, como doceiras, chaveiros e pipoqueiros. A formalização prevê opção imediata pelo Simples Nacional – o sistema simplificado de tributação das micro e pequenas empresas.

É por meio desse sistema que eles recolhem a taxa fixa mensal de 11% sobre o salário mínimo mais R$ 1,00, nos setores da indústria ou do comércio, e 5,00 na área de serviços. Por isso as decisões sobre esse tema cabem ao Comitê Gestor do Simples Nacional.

Já o processo de gestão do Empreendedor Individual é feito pelo Comitê Gestor da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).

O secretário-executivo desse Comitê, Edson Lupatini, lembra que a partir de 8 de fevereiro entra no ar um novo sistema de registro desses empreendedores, mais simplificado, acabando inclusive com a entrega física de documentos nas juntas comerciais.

O secretário garante também que no dia 8 de fevereiro o registro dos empreendedores será aberto para todos os estados do País. Atualmente o registro é feito apenas no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Ceará.

O prazo para os empresários individuais que estão no Simples Nacional optarem para se tornar Empreendedor Individual não mudou e encerra na próxima sexta-feira (29). A opção é feita pela Internet, no portal do Simples Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/).

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Empreendedor Individual terá novas atividades e simplificações

Entre as novidades estão aumento da relação de atividades que podem se formalizar, acesso nota-fiscal on-line e alterações de dados cadastrais pelo Portal do Empreendedor.

Dilma Tavares


Até o fim deste semestre sai um pacote de medidas com mais simplificações para o Empreendedor Individual (EI). Uma delas é o aumento da relação de atividades cujos profissionais podem se formalizar pelo novo mecanismo, a exemplo de esteticistas e piscineiros. Outra é a definição de nota fiscal on-line gratuita para esses empreendedores, acessível via Portal do Empreendedor. Essas são duas das medidas que estão sendo definidas pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.

Outras simplificações que saem até o final deste semestre estão sendo definidas pelo Comitê Gestor da Redesim (CGSM), que regulamenta o EI em questões não tributárias. São medidas que tratam do sistema de registro dos empreendedores, que é feito via Portal do Empreendedor. Já está definido, por exemplo, que haverá uma página de conferência de dados antes da confirmação de registro e um sistema de ajuda online nos campos de inscrição.

O objetivo é evitar erros e gasto de tempo e custos para alterações, conforme ocorre atualmente. O CGSIM ainda está trabalhando para que, a partir do próximo semestre, os empreendedores também possam realizar alterações e dar baixa da atividade pelo Portal do Empreendedor. Para isso, hoje é preciso ir à Junta Comercial e pagar taxas pelo serviço.

As novidades foram apresentadas pela consultora do Sebrae Inês Schwingel, nesta sexta-feira (16), para integrantes das unidades de Políticas Públicas e de Atendimento Individual do Sebrae que trataram do assunto dentro da programação da 17ª Semana de Capacitação do Sistema Sebrae, em Brasília. “São demandas represadas e que devem ser implementadas ainda este ano”, disse.

Segundo o diretor do Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) e representante do CGSIM no encontro, Jaime Herzog “Esse é um programa de inclusão social sem similar no mundo, portanto estamos aprendendo a fazer, fazendo”.

O Sebrae participa do Comitê Gestor da Redesim. A instituição tem como meta contribuir para a formalização de um milhão de trabalhadores por conta própria como Empreendedor Individual até dezembro de 2010. Para isso trabalha com orientação e capacitação e até ajudando na parte operacional da formalização desses empreendedores.

A meta de um milhão de EI formalizados é uma das Metas Mobilizadoras que foram estabelecidas pelo Sistema Sebrae para este ano. Potencializar ações para que as metas sejam alcançadas foi um dos temas da Semana de Capacitação. No encontro desta sexta-feira (16) foram debatidas estratégias para a execução essas ações.

Os gerentes de Políticas Públicas e de Atendimento Individual da instituição, respectivamente Bruno Quick e Ênio Pinto, destacaram a necessidade do uso de criatividade para ampliar a irradiação de informações e de mobilizações de parceiros. “É preciso envolver mais pessoas”, disse Quick, lembrando ser preciso usar todas as ações do Sistema Sebrae parceiros para que sirvam como de meios de comunicação e mobilização do público-alvo. Exemplos dessas ações são a Feira do Empreendedor e o Desafio Sebrae. “Precisamos ir à campo, articulando o envolvimento de mais lideranças nessa missão”, reforçou Ênio Pinto.

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domingo, 18 de abril de 2010

Pesquisa aponta necessidade de inovação pelas pequenas empresas

“A atual taxa de empreendedorismo do Brasil, de 15,3%, é boa, mas precisamos melhorar a qualidade das novas empresas e a das já estabelecidas, por meio da inovação”, avalia o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.

Regina Xeyla, enviada da ASN

Dados da pesquisa GEM 2009 divulgada nesta terça-feira em São Paulo revelam que 83,5% dos empreendedores iniciais não pensam em inovar, frente a 5,4% dos que acreditam que seus produtos ou serviços são considerados novos por todos. Já 11,1% consideram oferecer alguma novidade. O alto índice de empresas que não pensam em disponibilizar algo novo para seus clientes preocupa o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.

“A atual taxa de empreendedorismo do Brasil, de 15,3%, é boa. O dado está acima da média histórica do país, que é de 13%. O que precisamos é melhorar a qualidade das novas empresas e a das já estabelecidas, por meio da inovação”, disse Okamotto durante coletiva de imprensa da divulgação da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2009, que mede o nível de empreendedorismo em 54 países.

Para o presidente do Sebrae, o Brasil vai entrar em rota de crescimento em 2010. O desafio, segundo ele, agora é levar conhecimento para as micro e pequenas empresas, tornando-as mais inovadoras, gerando emprego, renda e riqueza para o país. Segundo ele, a forma de fazer isso é oferecendo mais educação sobre inovação, ação que deve ser feita pelo Sebrae junto com o setor industrial e o mundo acadêmico. “É assim que vamos garantir o mercado interno e criar condições para exportar”, afirma o presidente do Sebrae.

Um dos principais destaques positivos desta décima edição da pesquisa GEM foi o alcance, pela primeira vez ao longo da série histórica do estudo, da maior taxa de empreendedorismo por oportunidade – 9,4% contra 5,9% da taxa de empreendedorismo por necessidade. Para cada 1,6 empreendedor por oportunidade há um por necessidade. Nas últimas nove edições da Pesquisa GEM, a taxa de empreendedorismo por oportunidade vem demonstrando crescimento gradativo, passando de 8,5%, em 2001, para 9,4%, em 2009.

O aspecto que mais contribuiu para esse crescimento foi o aumento, em 2009, das empresas nascentes, que passou de 2,93%, em 2008, para 5,78%, em 2009. Deste último dado, 4,3% são empreendimentos nascentes por oportunidade. “Mesmo com a crise financeira, ocorrida em 2009, as pessoas encontraram motivação para abrir o próprio negócio, aproveitando as oportunidades que não se fecharam no país”, afirmou o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.

Outro destaque da pesquisa é que pela primeira vez a proporção de mulheres empreendendo por oportunidade supera a de homens na mesma condição. Dos 18,8 milhões de empreendedores, 53,4% são mulheres que perceberam um nicho de mercado para atuar, contra 46,6%, dos homens. “As mulheres estão mais presentes nas escolas e universidades. Elas também possuem conhecimento com mais qualidade que os homens. Essas diferenciações começam a aparecer na atividade empreendedora e já causam impacto nas empresas”, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), Fernando Mattos.

A GEM 2009 demonstra também que a população empreendedora brasileira está concentrada entre os jovens, nas idades de 18 e 34 anos, atingindo 52,5%. Do total de empreendedores, 20,8% estão na faixa de 18 a 24 anos enquanto 31,7% encontram-se entre 25 e 34 anos. “A maioria dos jovens empreende por oportunidade. Eles estão tendo a visão de que o emprego com carteira assinada não é a única opção existente ao sair da faculdade. Os jovens agora querem ter seu próprio negócio”, disse o gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Ênio Pinto.

Participou também da apresentação a coordenadora da pesquisa no IBQP, Simara Greco, e o presidente do conselho do IBQP, Rodrigo da Rocha Lopes. A pesquisa foi apresentada, em tempo real, via web e comentada pelo professor, conselheiro do Sebrae e presidente da Anprotec, Guilherme Ary Plonski.

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sábado, 17 de abril de 2010

Mulheres empreendem mais que os homens no Brasil

Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2009), divulgada nesta terça-feira (6), revela ainda que a população empreendedora brasileira concentra-se entre os jovens de18 e 34 anos.

Regina Xeyla, enviada da ASN

Reconhecidas pela sua força, as mulheres brasileiras superam os homens no mundo dos negócios. Dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência no Brasil, 53% são mulheres e 47%, homens. É o que mostra a mais nova edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, a GEM 2009, divulgada na manhã desta terça-feira (6), em entrevista coletiva em São Paulo. Uma das novidades do estudo é que pela primeira vez a proporção de mulheres empreendendo por oportunidade supera a de homens na mesma condição.

Em 2009, além do Brasil, apenas outros dois paises registraram taxas de empreendedorismo feminino mais elevadas que as dos homens: Tonga, com 61%, e Guatemala, com 54%. Já as brasileiras estão praticando um empreendedorismo cada vez mais planejado e consistente. Sobre este aspecto, o estudo constatou que dos empreendedores por oportunidade 53,4% são mulheres e 46,6%, homens.

A pesquisa GEM é realizada no exterior desde 1999. Chegou ao Brasil em 2000 por meio do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBPQ). Em 2001, passou a contar com a participação do Sebrae. A GEM tem entre suas finalidades avaliar, divulgar e influenciar as políticas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil e no mundo. Cinqüenta e quatro países participaram do estudo em 2009.

Empreendedores em Estágio Inicial
Na décima edição da pesquisa no país, a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) brasileira é a sexta maior entre os países com nível comparável de desenvolvimento econômico, com 15,3%, o que equivale a 18,8 milhões de pessoas. A TEA é formada pela proporção de pessoas com idade entre 18 e 64 anos envolvidas com empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência. A taxa brasileira está acima da média histórica do país, que é de 13%. Em 2008, por exemplo, a taxa foi de 12%. Em 2009, o Brasil ficou à frente de países como Argentina, Uruguai e Irã.

Para o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, mais importante do que verificar isoladamente a taxa de empreendedorismo, o GEM também tem papel fundamental por analisar questões como nível de inovação, motivação para empreender e recortes por gênero e faixa etária. “Observamos que em termos quantitativos o Brasil vai muito bem, mas ainda precisamos melhorar em termos qualitativos”, avalia Okamotto. O presidente do Sebrae aproveita para destacar a evolução do empreendedorismo no Brasil nos últimos anos. “Flagramos melhorias como a redução na mortalidade das empresas, o aumento das capacitações dos trabalhadores e o surgimento de um ambiente mais propício aos novos negócios a partir da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa”, assinala.

A GEM 2009 demonstra também que a população empreendedora brasileira se concentra entre os jovens, nas idades de 18 e 34 anos, atingindo 52,5%. Do total de empreendedores, 20,8% estão na faixa de 18 a 24 anos enquanto 31,7% encontram-se entre 25 e 34 anos. Ao analisar isoladamente os números, esta última taxa se mantém inalterada em toda a série histórica do estudo, demonstrando que é nesta faixa que se concentra a maior parte dos empreendedores brasileiros. A menor taxa ficou entre os adultos de 55 a 64 anos, com representatividade de 4,3%.

Metodologia
Criado em 1999, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é o maior estudo independente do mundo sobre a atividade empreendedora, cobrindo 54 países consorciados, o que representa 95% do Produto Interno Bruto (PIB) e dois terços da população mundial. O GEM é coordenado pelo Global Entrepreneurship Research Association (GERA) - organização composta e dirigida pela London Business School (Inglaterra), pelo Babson College (Estados Unidos) e por representantes dos países participantes do estudo.

No Brasil desde 2000, o GEM vem se consolidando como importante referência nacional para as iniciativas relacionadas ao tema empreendedorismo. O projeto é liderado pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), entidade que coordena e executa o Projeto GEM, tendo como parceiros o Sebrae, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/PR) e o Serviço Social da Indústria (Sesi/PR).

Para compor a pesquisa no Brasil, em 2009, foram entrevistados 2 mil indivíduos de idade adulta, entre 18 e 64 anos, de todas as regiões brasileiras, selecionados por meio de amostra probabilística, e mais de 180 mil pessoas no mundo. A pesquisa, que tem nível de confiança de 95% e erro amostral de 1,47%, conta ainda com opiniões de 36 especialistas brasileiros. Entre os anos de 2000 a 2009 foram entrevistados no Brasil 21,9 mil adultos.

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Percepção positiva fortalece empreendedorismo no país

Para população adulta brasileira, abrir um negócio representa status e respeito perante a sociedade.

Regina Xeyla, enviada da ASN

No Brasil, as oportunidades para o empreendedorismo e a autoconfiança da população caminham juntas. Segundo dados da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2009, divulgada nesta terça-feira (6), 80,3% dos brasileiros avaliam o início de um novo negócio como opção desejável de carreira.

A percepção citada acima perfaz 70,2% dos 18,8 milhões de empreendedores iniciais – aqueles à frente de negócios com menos de 42 meses de existência. Em 2009, quando o Brasil sentia os reflexos da crise iniciada nos Estados Unidos, 57,3% dos empreendedores iniciais afirmaram perceber para os próximos seis meses boas oportunidades para se começar um novo negócio nas regiões onde vivem. A percepção de oportunidades e habilidades dos entrevistados não para por aí: 68,3% afirmaram que no Brasil aqueles que alcançaram sucesso ao iniciar um novo negócio têm status e respeito diante da sociedade.

De modo concreto, essas condições contribuem para a criação de um caldo cultural propício à dinâmica do empreendedorismo. Todo ano, o GEM pergunta aos entrevistados se o medo do fracasso os impediria de criar uma empresa. No Brasil, mais uma vez nota-se uma postura considerada positiva no que tange à inserção em atividades empreendedoras, pois apenas 32% teriam no medo um fator impeditivo para o início de um novo negócio.

Percentual semelhante é verificado quando se restringe o foco da análise apenas àqueles que percebem boas oportunidades de negócios. Neste contexto, 30% disseram que o medo do fracasso é um bloqueio para iniciar um empreendimento, percentual abaixo da média de todos os 54 países participantes desta 10ª edição da GEM.

Desafios
Apesar dos resultados positivos, o GEM 2009 revela alguns dados preocupantes. A inovação ainda precisa estar mais presente nas empresas brasileiras. Apenas 5,4% dos empreendedores iniciais acreditam que seus produtos ou serviços são considerados novos por todos. Já 11,1% consideram oferecer alguma novidade e 83,5% não pensam em disponibilizar algo novo a quem quer comprar.

Outro ponto de preocupação diz respeito à expectativa dos empreendedores entrevistados em entrar no mercado internacional. Em 2009, 89,5% deles responderam que não tinham nenhuma previsão de exportar.

Entre as ações do Sebrae para estimular a inovação nas micro e pequenas empresas está o Programa Agentes Locais de Inovação (ALI). Mais de 800 profissionais em diferentes especialidades foram capacitados pelo Sebrae para levar conceitos de inovação a micro e pequenas empresas. Os agentes visitam a empresa e produzem um diagnóstico gratuito. Nele são identificadas as principais dificuldades e o que pode melhorar na empresa. A partir do diagnóstico, os agentes preparam um Plano de Ação. Posteriormente, o agente acompanha a evolução do empresário.

Atualmente, o ALI está em operação em dez estados, nos quais há atendimentos a empresas. São eles: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Cerca de 10 mil empresas já foram sensibilizadas. Dessas, 4.468 aderiram ao programa. Em Rondônia, Rio Grande do Sul, Pará, Tocantins, Acre e Paraná o programa está em fase da capacitação dos agentes locais. Ao todo serão treinados 175 profissionais para atender, até o fim de 2010, 5.150 empresas de 33 setores. O ALI encontra-se em fase pré-operacional em mais noves estados.

Outra solução do Sebrae voltada para incentivar as micro e pequenas empresas a inovarem e se inserirem no mercado internacional é o Programa Sebrae para Empresas Avançadas, que trabalha quatro módulos: Estratégias, Gestão da Inovação, Encontros Empresariais e Planejando para Internacionalizar. Criado há dois anos, atendeu cerca de 2 mil interessados em 2009 e para este ano estão previstas 30 mil consultas em vários estados.

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Brasil atinge maior taxa de empreendedorismo por oportunidade

Nas últimas nove edições da Pesquisa GEM, o índice no Brasil mostra crescimento gradativo, passando de 8,5%, em 2001, para 9,4%, em 2009.

Regina Xeyla, enviada da ASN

O brasileiro tende a enxergar na crise uma oportunidade. A nova edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, a GEM 2009, divulgada nesta terça-feira (6), em entrevista coletiva, em São Paulo, confirma esta afirmação. Segundo o estudo, no ano passado, mesmo com a crise financeira internacional, o Brasil atingiu a maior taxa de empreendedorismo por oportunidade – 9,4% contra 5,9% da taxa de empreendedorismo por necessidade. Para cada 1,6 empreendedor por oportunidade temos um por necessidade.

Nas últimas nove edições da Pesquisa GEM, a taxa de empreendedorismo por oportunidade vem demonstrando crescimento gradativo, passando de 8,5%, em 2001, para 9,4%, em 2009. A pesquisadora do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), Simara Greco, explica que a elevação em 2009 se deve ao alto crescimento ocorrido isoladamente nos empreendimentos nascentes, que passou de 2,93%, em 2008, para 5,78%, em 2009. Deste último dado, 4,3% são empreendimentos nascentes por oportunidade. O IBQP é a instituição executora da pesquisa no Brasil, que conta com a parceria do Sebrae.

No ranking dos países com nível comparável de desenvolvimento econômico da GEM 2009, o Brasil é o sexto mais empreendedor, com taxa de 15,3%, o que equivale a 18,8 milhões de pessoas. A taxa geral se refere à soma dos empreendimentos novos (que surgiram nos últimos três anos e meio), que foi de 9,75%, e dos empreendimentos nascentes (com até três meses de vida ou ainda em processo de criação), que ficou em 5,78%. A atual taxa está acima da média histórica do Brasil, que é de 13%. Em 2008, a taxa ficou em 12%.

A partir dos dados da GEM é possível concluir que a atividade empreendedora é uma das causas para a geração de renda e elevação do Produto Interno Bruto (PIB) dos países. Assim ocorreu no Brasil. Durante a crise financeira internacional, a economia brasileira manteve-se dinâmica, devido, principalmente, ao mercado interno, abastecido por micro e pequenas empresas, nascentes ou não, em sua maioria, dos setores de Comércio e Serviços.

O mesmo não ocorreu nos Estados Unidos. Devido a opções diferentes do país nos anos anteriores, não surgiram, no ápice da crise, oportunidades visíveis de negócios que estimulassem a ação empreendedora.

Segundo o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, "a pesquisa GEM comprova que o Brasil está mudando para melhor”. “Estamos já vivendo um ciclo virtuoso de crescimento, com inclusão social. Isso se reflete na disposição das pessoas em empreender”, afirma. “A motivação para abrir o próprio negócio e se aperfeiçoar na atividade desempenhada baseia-se em horizontes promissores, que não se fecharam para o Brasil nem quando grande parte dos países mergulhou na recente crise financeira. No auge da crise, sondagem feita pelo Sebrae mostrava que os pequenos negócios continuavam apostando em um bom 2009. Mais uma vez, o segmento mostrou ser o lastro confiável do crescimento sustentado que se espera para o Brasil”, assinala Carlos Alberto dos Santos.

Outros países
Na China, 18,8% da população adulta (169 milhões de pessoas) é empreendedora. Apesar desse grande número, a proporção é de um empreendedor por oportunidade para cada um por necessidade. Já na Rússia, o número de empresários é menor, com taxa de 3,9% (1,3 milhão), porém, a proporção de empreendedores por oportunidade é maior: 2,35 para cada um por necessidade.

Quando comparada aos países citados acima, a Suíça apresenta maior disparidade entre as proporções. A Suíça possui taxa de empreendedorismo (TEA) de 7,72%. Além desse alto índice de empreendedores, para cada pessoa que empreende por necessidade, 13 o fazem por oportunidade. Nos Estados Unidos, a TEA é de 8%, com proporção equilibrada de três empreendimentos gerados por oportunidade e um por necessidade.

Ao analisar 13 países membros do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) que participaram do estudo, a GEM 2009 constatou que a população da China é a mais empreendedora, com taxa de 18,8% (169 milhões de pessoas), seguida do Brasil, com 15,3% (18,8 milhões); Argentina, 14,7% (3,5 milhões); Estados Unidos, 8% (15,4 milhões); Coréia do Sul, 7% (2,3 milhões); África do Sul, 5,9% (1,7 milhão); Reino Unido, 5,7% (2,2 milhões); Arábia Saudita, 4,7% (501 mil); França, 4,3% (1,6 milhão); Alemanha, 4,1% (2,1 milhões); Rússia, 3,9 % (3,7 milhões); Itália, 3,7% (1,3 milhão); e Japão, 3,3% (2,5 milhões).

Seis países que integram o G-20 não participaram desta edição da GEM. São eles: Austrália, Canadá, Índia, Indonésia, México e Turquia.

Estudo independente
Criado em 1999, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é o maior estudo independente do mundo sobre a atividade empreendedora, cobrindo 54 países consorciados, o que representa 95% do Produto Interno Bruto (PIB) e dois terços da população mundial. O GEM é atualmente coordenado pelo Global Entrepreneurship Research Association (GERA) – organização composta e dirigida pela London Business School (Inglaterra), pelo Babson College (Estados Unidos) e por representantes dos países participantes do estudo.

No Brasil desde 2000, o GEM vem se consolidando como importante referência nacional para as ações relacionadas ao tema empreendedorismo. A iniciativa é liderada pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), entidade que coordena e executa o Projeto GEM, tendo como parceiros o Sebrae, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/PR) e o Serviço Social da Indústria (Sesi/PR).

Para compor a pesquisa no Brasil, em 2009, foram entrevistados 2 mil indivíduos de idade adulta, entre 18 e 64 anos, de todas as regiões brasileiras, selecionados por meio de amostra probabilística, e mais de 180 mil pessoas no mundo. A pesquisa, que tem nível de confiança de 95% e erro amostral de 1,47%, conta ainda com opiniões de 36 especialistas brasileiros. Entre os anos de 2000 a 2009 foram entrevistados no Brasil 21,9 mil adultos.

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Qual é o melhor estilo de liderar

Depende da situação. Um bom líder deve ser flexível e quem assume melhor esse papel são as mulheres, mostra pesquisa do Hay Group

Por Karla Spotorno

Muitos executivos questionam qual é a melhor maneira de dirigir suas equipes. Delegando responsabilidades ou por meio de ordens? De forma afetiva ou democrática? Nem um nem outro, aponta uma pesquisa recente da consultoria Hay Group. O ideal é adotar vários estilos de liderança e aplicar o mais apropriado a cada circunstância. Assim agem os líderes de maior sucesso, segundo o estudo. “Diferentes situações, equipes e pessoas reagem melhor a um ou outro tipo de abordagem”, afirma Caroline Marcon, gerente do Hay Group Insight, o braço de pesquisas da consultoria especializada em Recursos Humanos.

Trocar um estilo por outro exige flexibilidade e, principalmente, autoconhecimento. O líder precisa acrescentar ao seu repertório as formas de atuar que não são naturais ao seu jeito de ser. A pesquisa mostrou que executivas de sucesso lideram de maneiras diferentes com maior frequência do que os homens bem-sucedidos. Claudia Goulart, presidente da General Electric Healthcare para a América Latina, conta que atua, em muitas situações, segundo o estilo coercitivo (veja o quadro ao lado). “Em equipes multidisciplinares e geograficamente distantes, como a minha, não é eficaz liderar democraticamente”, afirma Claudia, 47 anos.

Para Flávia Leão, consultora do Hay Group, o executivo precisa considerar três questões ao definir como vai dirigir sua equipe. A primeira é a complexidade da situação. A segunda, a maturidade da equipe. E a terceira, a urgência da solução. Há sete anos na presidência da fabricante de camisas catarinense Dudalina, Sonia Hess de Souza, 54 anos, passou a acumular recentemente a diretoria de operações da empresa. Essa posição tem exigido que assuma um estilo treinador. “Tenho ajudado os executivos e líderes a buscarem soluções cada vez mais simples. É o que a empresa precisa agora”, diz Sonia.

Em uma pesquisa encomendada ao Hay Group pelo Lidem, grupo de mulheres líderes empresariais presidido por Sonia, descobriu-se que a executiva brasileira é flexível para intercalar os estilos e atua mais frequentemente em três deles: o democrático, o afetivo e o coercitivo. Marise Barroso, diretora-geral da Amanco Brasil, conta que a maneira democrática prepondera na sua companhia. “Planos e até demissões são decididos conjuntamente pela diretoria”, afirma Marise, 46 anos, que assumiu a direção-geral da fabricante de tubos e conexões no Brasil depois de ser eleita pelos diretores da empresa.

Uma das principais conclusões do estudo do Lidem com 40 executivas e seus 225 funcionários mostra que a brasileira precisa fortalecer, principalmente, os estilos dirigente e treinador. Conquistar a excelência em diferentes formas de liderar é tão importante quanto o desempenho individual, mostra o estudo do Hay Group. E mais: uma liderança eficiente pode afetar em até 70% o clima e o ambiente de trabalho e, consequentemente, o desempenho das equipes.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cabeleireira abre mão do bolsa família para aumentar renda

A baiana Marilene dos Santos revelou, durante evento em Salvador, porque resolveu se cadastrar no Portal do Empreendedor para formalizar seu negócio

Carlos Baumgarten

“Abri mão do Bolsa Família, pois enxerguei no Empreendedor Individual uma oportunidade para crescer”. A declaração é da cabeleireira Marilene dos Santos, de Santo Antônio de Jesus, na Região Metropolitana de Salvador, que procurou o Sebrae Bahia para fazer o seu registro no Portal do Empreendedor.

Ela participou, na manhã desta sexta-feira (9), de uma entrevista à imprensa, ao lado do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e do superintendente do Sebrae/BA, Edival Passos, na qual revelou porque abriu mão do benefício do governo federal e se tornou uma empreendedora individual.

De acordo com Marilene, a opção por investir em seu empreendimento era o melhor caminho para proporcionar a ela e a sua família melhores condições de vida. “O Bolsa Família era importante, mas não era suficiente para quem tem o desejo de crescer. Por isso, decidi formalizar o meu negócio para aumentar a renda e desenvolver o meu salão. Espero que agora as coisas só melhorem”. Nos dias 27 a 29 de abril Marilene já vai participar de cursos de capacitação promovidos pelo Sebrae/BA em Santo Antônio de Jesus.

Como empreendedora individual, Marilene passa a ter acesso aos benefícios da Previdência Social, como aposentadoria, auxílio doença e salário-maternidade. O registro de empreendedora individual de Marilene, que não tem acesso a internet, foi feito no Ponto de Atendimento do Sebrae/BA em Santo Antônio de Jesus, onde um técnico da instituição forneceu toda a orientação necessária. O registro só pode ser feito através no Portal do Empreendedor - www.portaldoempreendedor.gov.br.

O único custo da formalização é o pagamento mensal de R$ 56,10 para o INSS mais R$ 5,00 no caso de prestador de serviço ou R$ 1,00 para comércio e indústria, em um carnê único emitido exclusivamente no Portal do Empreendedor. Mais informações sobre o empreendedor individual podem ser obtidas na Central de Relacionamento do Sebrae – 0800-570-0800. A ligação é de graça e funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 20 horas.

Líder no Nordeste

A Bahia lidera o número de inscrições na Região Nordeste. São mais de sete mil inscritos desde que o Portal do Empreendedor foi disponibilizado, no dia 8 de fevereiro. Os setores em que esse empreendedores atuam são: pequenas industrias de transformação (44%), comércio (36%), serviços mecânicos (12%), pequenos bares e lanchonetes (10%) e cabelereiros (10%).

O superintendente Edival Passos destacou a importância de disseminar essas informações para a sociedade, de forma que todos possam ter acesso aos benefícios da lei. Passos falou ainda da campanha de mobilização realizada pelo Sebrae/BA, entre os dias 27 e 30 de março, e a semana de legalização, de 5 a 9 de abril.

“É importante não ficar somente no discurso, mas também partir para a prática. E é nisso que estamos trabalhando, indo onde estão os potenciais empreendedores individuais e trazendo os benefícios da legislação para eles. Marilene é uma prova concreta de que a formalização traz vantagens para os trabalhadores”, disse Edival.

O presidente Paulo Okamotto afirmou que o papel do Sebrae não se limita a legalizar o empreendedor. “Precisamos manter o acompanhamento, através de consultorias, de forma que o negócio se torne sustentável”, disse. Okamotto destacou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa como um instrumento de desenvolvimento para o país, melhorando a competitividade dos negócios, e promovendo a inclusão econômica em diversos níveis sociais. “Estamos aqui para atender desde as empresas que já estão com uma estrutura mais consolidada até os pequenos, que desejam fazer todo o caminho necessário para alcançar o maior crescimento possível”.

O presidente do Sebrae chamou atenção ainda para a progressiva implementação da Lei Geral nos municípios como ferramenta de estímulo aos pequenos negócios. “É preciso que a informação seja repassada aos prefeitos e que essa parceria funcione em favor nos micro e pequenos empreendimentos”, disse, lembrando que, no Brasil, a lei já foi implantada em mais de 1.530 municípios.

O deputado Álvaro Gomes, que lidera a Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas na Assembléia Legislativa da Bahia, colocou-se à disposição para contribuir no que for necessário para a disseminação de informações sobre a Lei Geral, bem como a divulgação do Empreendedor Individual. “É preciso que esses mecanismos sejam fortemente divulgados e estimulados, já que se trata de importante ferramenta para o desenvolvimento econômico do país”.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/BA, João Martins, destacou o processo de reestruturação da instituição, no sentido de beneficiar cada vez mais os micro e pequenos negócios do estado. “O Sebrae precisa estar na vanguarda. E aí está a importância de levar o conhecimento a quem precisa, entendendo que esse processo não pode estar vinculado somente aos grandes centros, pois a maioria dos pequenos negócios está no interior do Estado”.

Também participaram da entrevista os diretores do Sebrae/BA, Paulo Manso Cabral e Antônio Marcos Lima de Almeida, o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Dorywillians Botelho de Azevedo, o gerente executivo do INSS, Luis Alberto Freire, e o secretário de Agricultura e Indústria de Santo Antônio de Jesus, Edson Diniz.

Serviço:

Sebrae/BA - (71) 3320-4404

Faturamento de pequenas empresas cresce 12,9% em fevereiro

Trata-se do quinto mês consecutivo com aumento na receita real, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.

As micro e pequenas empresas (MPE) do Estado de São Paulo registraram crescimento no faturamento real de 12,9%, em fevereiro de 2010, na comparação com o mesmo mês em 2009. Trata-se do quinto mês consecutivo com aumento na receita real, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.

Em fevereiro deste ano, todos os setores apresentaram crescimento de faturamento: indústria (+22,4%), comércio (+10,7%) e serviços (+10,5%) comparados ao mesmo mês do ano anterior.

Na evolução de janeiro para fevereiro de 2010, o faturamento teve alta de 2,3%. Com esses resultados, as MPE fecharam o 1º bimestre de 2010 com aumento de 9,6% na receita real, sobre o 1º bimestre de 2009. A receita total das pequenas empresas em fevereiro de 2010 é avaliada em R$ 21,8 bilhões, levando em conta o universo de 1.326.354 de micro e pequenas empresas no Estado. A estimativa do faturamento médio por empresa em fevereiro de 2010 foi de R$ 16.445,71.

Para o diretor-superintendente do Sebrae/SP, Ricardo Tortorella, o resultado do estudo está associado à retomada das atividades das empresas de micro e pequeno porte: “O ritmo é de recuperação econômica. É um momento oportuno para ampliar o ambiente favorável aos pequenos negócios, com instrumentos como desburocratização, microcrédito e políticas de compras governamentais. Nesse sentido, o Sebrae/SP vem promovendo esforços para que os municípios regulamentem suas leis gerais para as MPE. No estado de São Paulo, 102 municípios já regulamentaram a legislação em favor dos pequenos negócios”.

Regiões – O interior de São Paulo teve o melhor desempenho no comparativo de fevereiro entre 2009 e 2010 com aumento de 14,5% no faturamento. Nas demais regiões analisadas pelo estudo permanece o viés de alta: município de São Paulo (13,3%), Região Metropolitana de São Paulo (11,4%) e Grande ABC (10,7%).

Quanto às expectativas para os próximos seis meses, 35% dos proprietários de MPE declararam esperar aumento no faturamento da empresa e 52% informaram esperar manutenção no nível de receita do negócio, nos próximos seis meses. Em março de 2010, proporção dos informantes que não souberam avaliar como evoluirá a receita da empresa subiu a 11%%, diante dos 6% constatados em fevereiro.

Segundo o Sebrae/SP, é provável que a tendência de aumento dos juros básicos (taxa Selic), a expectativa de crescimento de inflação e as turbulências nas economias do sul da Europa tenham contribuído para esse aumento no nível de incerteza. De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Pedro Gonçalves, apesar desse aumento da incerteza, os proprietários de MPE se mantêm relativamente otimistas, inclusive quanto ao nível de atividade na economia: 88% dos proprietários de MPE acreditam em manutenção ou melhora no nível de atividade econômica.

Em São Paulo, existem 1,3 milhões de micro e pequenas empresas, 98% do total de empresas formais, que ocupam de cinco a seis milhões pessoas, 67% do pessoal ocupado no setor privado. Nas entrevistas para composição dos Indicadores Sebrae-SP são entrevistados proprietários de 2.716 (MPE), em parceria com a Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados).

Serviço:
Unidade de Marketing e Comunicação Sebrae-SP
Ali Ahmad Hassan
Fone: (11) 3177 4846/4905/4825/4904/4658/4903/4662

segunda-feira, 5 de abril de 2010

É preciso gostar do chefe para 'vestir camisa da empresa', dizem especialistas

Empregados são fieis quando têm bom relacionamento na empresa.

O principal fator que faz o funcionário vestir a camisa da empresa é ter um bom relacionamento com o chefe e com a equipe, afirmam especialistas. Já o salário, ao contrário do que muitos podem pensar, influencia pouco na fidelidade do profissional ao empregador.

Com o aquecimento da economia e o aumento da oferta de emprego, esses profissionais que não estão satisfeitos com a empresa tendem a não pensar duas vezes em mudar de emprego quando são chamados para uma vaga, afirma Lilian Kozlowski Wizenberg, consultora da Right Management, empresa de consultoria organizacional.


Estudo feito pela Right Management revela que, no geral, o nível de fidelidade dos funcionários com as empresas está em crise. De acordo com a pesquisa, apenas 34% dos funcionários de organizações com mais de 50 empregados afirmam estar totalmente comprometidos, enquanto que 50% se dizem completamente sem comprometimento. O estudo avaliou aproximadamente 30 mil funcionários em 15 países.

Gostar do chefe
De acordo com especialistas ouvidos pelo G1, a relação do funcionário com o chefe é um dos principais fatores que prendem o profissional ao local de trabalho. “Na maior parte dos casos de demissão, as pessoas estão se demitindo do chefe e não da empresa”, disse Ruy Shiozawa, executivo da Great Place to Work Brasil, instituto que realiza pesquisas sobre as melhores empresas para se trabalhar.

Shiozawa afirma que a maioria dos profissionais que classifica as empresas como sendo um excelente lugar para trabalhar se baseia na relação de confiança que tem com o superior imediato.

"Na maior parte dos casos de demissão, as pessoas estão se demitindo do chefe e não da empresa"

Para o executivo, outros dois fatores colaboram para o grau de comprometimento do funcionário com a corporação: a relação que o empregado tem com o que faz, como gostar e ter orgulho do trabalho, e a relação com o restante da equipe, que precisa ser amigável

"A gente se compromete com ideias, estados de emoção. A empresa é uma coisa fria. O funcionário se compromete com as ideias que os líderes passam para ele, ele se compromete com a forma que essas pessoas conduzem a empresa”, avalia o consultor de recursos humanos Armando Pastore Mendes Ribeiro.

Ribeiro acrescenta que as pessoas se comprometem também com elas mesmas e com o que gostam de fazer e, por isso, tendem a permanecer na empresa que proporcionar esse prazer a elas.

"O salário e a promoção não aparecem nas pesquisas como fator determinante para demonstrar o grau de satisfação dos funcionários”, diz. O executivo complementa que, apesar de a remuneração ser importante, ela não é vista como fator crucial para uma pessoa ficar ou não em uma empresa, tanto que existem pessoas que saem de um lugar para ganhar menos em outro em busca de maior satisfação pessoal e profissional.

O estudo da Right Management revela que as práticas dos chefes que mais estimulam o comprometimento dos subordinados são reconhecer e valorizar o trabalho dos funcionários, ter capacidade de implantar novas ideias e obter sucesso. Os funcionários também desejam que a estratégia da organização seja comunicada a todos, de forma que os empregados possam ajudar no sucesso da empresa.

Outros fatores
Para a consultora Lilian, outros motivos que fazem um funcionário ficar insatisfeito como a empresa são não gostar do que faz, não se identificar com a cultura e idéias da empresa, falta de transparência na comunicação da instituição e falta de perspectivas de carreira dentro da companhia.

Desânimo
Se ter um chefe transparente, que reconhece o trabalho dos funcionários, é visto como fator crucial para os empregados vestirem a camisa da empresa, atitudes opostas a essas colaboram para espalhar o desânimo entre os colegas. “Às vezes os objetivos das empresas não estão claros. Está escrito no mural a visão e a missão da empresa, mas as pessoas não sentem aquilo na prática”, afirma Lilian.

O consultor de recursos humanos Armando Pastore Mendes Ribeiro afirma que é o chefe quem tem que descobrir como estimular o comprometimento dos funcionários. “Um ambiente hostil, de controle, cobrança e sufocamento faz as pessoas perderem o comprometimento”. É por isso, segundo ele, que há pessoas que são super engajadas em sociedades e entidades fora da empresa, como na igreja e associações de bairro, e não demonstram tais ações no trabalho.

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Por: Gabriela Gasparin - G1, em São Paulo

Especialistas dão dicas a quem terá que ajudar financeiramente os pais

Alguns jovens já se planejam e guardam dinheiro para contribuir no futuro. Consultores recomendam pagar plano de saúde e gastos da casa dos pais.

O administrador Leonardo Milane: conta especial para guardar dinheiro para o futuro da mãe. (Foto: Daigo Oliva/G1)

Muitos jovens, além de se preocuparem com a própria aposentadoria, olham com preocupação também para a saúde financeira dos pais. Quem já sabe que terá que ajudar financeiramente os pais quando estes se aposentarem ou pararem de trabalhar pode se preparar para isso. O G1 ouviu especialistas em finanças pessoais que deram dicas para quem está nessa situação.

Nas próximas décadas, muitos dos novos idosos terão uma aposentaria complementar, mas na geração que está se aposentando agora, isso ainda não é comum, segundo Marcos Crivelaro, consultor e professor da Faculdade Módulo. E com a idade, aumentam os gastos com saúde: “a ajuda aos pais idosos acaba saindo geralmente da reserva dos filhos mais responsáveis ou com maior renda”, diz ele.

O consultor diz que hoje não existem produtos específicos no mercado para quem quer fazer um investimento para ajudar os pais. “Se a pessoa identificar que vai acontecer essa situação, pode fazer um plano de aposentadoria com os pais como beneficiários”, diz Carla dos Santos, consultora de finanças pessoais. Segundo ela, porém, o problema é que, quando os pais já estão com 50 ou 60 anos, o tempo disponível não permite uma acumulação de recursos suficientes para uma aposentadoria complementar.

Para Carla, o melhor que os filhos podem fazer é garantir um plano de saúde para os pais: “encaixe-os no seu plano, faça um plano familiar ou coloque no plano de saúde da empresa”, diz ela. “É muito difícil saber com quanto você terá que contribuir lá na frente, pois não sabe por quanto tempo ainda seus pais vão trabalhar, quais serão os gastos no futuro. Mas o plano de saúde vai dar uma tranquilidade lá na frente”, diz ela.

Quem se preocupa com o futuro financeiro do pai e da mãe ainda esbarra em outro problema: a resistência de muita gente em conversar sobre dinheiro com os filhos. “Muitos têm a reação de dizer ‘eu te criei, você agora vai querer me ensinar’”, diz Carla.

Por isso, Crivelaro também sugere ajudar de uma forma que se evite dar dinheiro diretamente aos pais. “Quando os filhos casam e saem de casa, podem continuar pagando algumas despesas para os pais para que eles possam manter uma qualidade de vida, como TV a cabo, internet, assinaturas de jornais e revistas, pagar uma viagem de férias”, diz o consultor. “Isso vai dando benefícios aos idosos sem criar uma ruptura entre pais e filhos.”

Pais e sogros
A professora universitária Luiza Rodrigues, 27, diz que antes mesmo de seu casamento com o advogado Vinícius já tinha um quadro claro da situação financeira de seus pais e seus sogros. “Um dos problemas é meu pai, que eu sei que vamos ter que sustentar. Fizemos um cálculo de quanto deve ser necessário para ele se aposentar e estou guardando dinheiro para isso sem ele saber”, conta ela, que diz ser impossível conversar com o pai sobre o assunto.

Já o sogro de Luiza vai se aposentar daqui a cerca de dez anos e não tinha dinheiro guardado. “Foi bem difícil de conversar com eles [sogro e sogra] sobre isso. Eles acharam intrusivo”, conta ela. Luiza e o marido propuseram um acordo: sempre que o sogro e a sogra depositarem um valor na conta para a aposentadoria, Vinícius e Luiza depositam o mesmo valor. “Eu penso que, se esperarmos, vamos gastar mais no futuro”, diz ela sobre a preocupação com a aposentadoria dos pais e sogros.

Patrimônio
O administrador Leonardo Milane investe parte de seu dinheiro para seu próprio futuro, mas tem uma conta separada para formar um patrimônio para sua mãe.

“Para ela, invisto em ações de empresas com dividendo alto”, diz ele, que também paga a parcela do apartamento no qual os dois moram. “É para daqui a dez anos mais ou menos, para o futuro da minha mãe. Sou filho único e pela situação tenho que ter um planejamento mais conservador”, explica ele.

A advogada Flávia Gatti já ajuda os pais, pagando o plano de saúde deles, que não têm previdência privada. “Eles sabiam que a aposentadoria pública não seria alta, mas não conseguiram se preparar e não têm dinheiro guardado”, diz ela.

Ela diz que gostaria de ter pensado há dez anos em se preparar para ajudar os pais. “Eu e meu marido temos previdência privada, mas na época dos meus pais não tinha essa cultura”, diz ela, que também é filha única e se preocupa com a possibilidade de ter que gastar mais no futuro para ajudar o pai e a mãe.

Por: Paula Leite - Do G1 - Economia e Negócios